Amanhã, Domingo, pelas 16:00, joga-se a final da Taça de Portugal de Voleibol. Depois da espectacular reviravolta e consequente vitória na meia-final do campeonato contra o Benfica, defrontamos agora o Sp. Espinho com a nossa moral em alta. O jogo disputa-se na Régua e Vitória irá procurar garantir o seu primeiro grande troféu a nível de séniores masculinos. O Sp. Espinho tem de ser considerado favorito (afinal de contas, é bi-campeão nacional) mas o Vitória certamente terá uma palavra a dizer. Eu acredito, todos os vitorianos acreditam e tenho a certeza que os jogadores e treinadores também. Que seja o primeiro de dois "canecos" a ganhar esta época, que pode ficar marcada a letras de ouro no historial do voleibol vitoriano.

Recordo que este ano o Vitória já defrontou duas vezes o Espinho. Em casa ganhamos por 3-1 (29-27, 19-25, 25-22, 25-13), num jogo onde dominamos claramente e que terminou com o técnico espinhense a abandonar o clube (com Miguel Maia a assumir o comando). Fora perdemos por 3-0 (25-16, 25-23, 25-23), com o Vitória a desperdiçar 5 pontos de vantagem no segundo set. Uma vitória para cada lado, portanto. Esta final da Taça será o primeiro tira-teimas.

Nota para o recinto onde se disputa o jogo. Tudo bem que siga uma política de descentralização, mas jogar uma final como esta num pavilhão com capacidade para apenas 900 espectadores parece-me muito pouco. Apenas uns 400 bilhetes terão sido entregues ao nosso clube (e quantidade semelhante para espinhenses) o que é manifestamente muito pouco para a procura. O Voleibol sairia certamente muito beneficiado e prestigiado se o jogo fosse num pavilhão bem maior, onde certamente teria uma moldura humana bem mais significativa. Mesmo assim, os lá estarão saberão certamente apoiar.

Falando de adeptos, nota final para recordar que nos poucos anos de Vitória na primeira divisão conseguimos transformar positivamente o panorama nacional. O nosso pavilhão e clube são agora vistos como exemplo. E nas duas presenças anteriores em finais, foram sempre muitos a seguir o Vitória. Infelizmente perdemos essas duas finais para o Castelo da Maia. Que a história seja agora diferente e que à terceira seja de vez. Eu tive oportunidade de ver a primeira final que disputamos, em St. Tirso, e foi impressionante o apoio (esmagadora maioria de vitorianos). Para conseguir bilhete tive de me deslocar bem cedo para as bilheteiras e ficar umas boas horas à espera da abertura e ouvi da boca de uns responsáveis da FPVoleibol que nunca tinham visto nada assim. O Vitória faz bem ao Voleibol português! Aqui ficam duas fotos a recordar essa final de St Tirso. Algumas curiosidades: Flávio Cruz, Eurico Peixoto e Alan estavam já no Vitória (Flávio e Eurico viriam a sair e depois voltar). Carlos Teixeira era então o nosso líbero (agora está no Benfica) e Pedro Azenha estava do outro lado, no Castelo. No seu lugar tínhamos outro fantástico distribuidor, o internacional português Nuno Pinheiro. Um outro jogador que apreciava muito era o Leonardo, um brasileiro senhor de um remate fantástico, que depois saiu do Voleibol português.