No jogo do passado Domingo foram várias as tentativas "infantis" da direcção portista para afrontar o Vitória pela sua "ousadia" de lutar pelos seus interesses, sem se submeter cegamente. Emílio Macedo quis ir para o camarote e foi presenteado com o lugar o mais afastado possível do presidente azul-e-branco (caro Emílio, não era de prever que não seria bem recebido? Não sabe com quem está a lidar?). No lugar habitual do presidente do clube convidado sentou-se desta vez António Salvador, presidente do SC Braga. Surpreende-me como é que alguém como ele aceita de bom grado ser uma marioneta nas mãos de Pinto da Costa, pronto para servir apenas de joguete submisso nesta birra de alguém que está demasiado habituado a ter todos a beijar-lhes os pés, pedinchando favores. Desengane-se Salvador se pensa que será um eterno amigo. O dirigente portista (nesse aspecto concordo com ele) apenas o está a usar nesta guerra momentânea e ao mínimo sinal de "insubmissão" ou ao mínimo choque de interesses, não hesitará em "enviar às malvas" esta nova amizade pensada para atingir o Vitória.

De todo este episódio (ao que se somam outros pormenores, como a música da Champions no final do jogo ou as portas fechadas que obrigaram Cajuda a percorrer um longo caminho para chegar à sala de imprensa) apenas um consolo: é bom saber que afectamos tanto e que se importam conosco ao ponto de pensar em coisas como estas para nos tentarem atingir. Da nossa parte, penso que a resposta no jogo em nossa casa (ao contrário do que já vi outras pessoas dizerem) devia passar por uma clara indiferença, com a resposta a ser dada dentro do campo, com a conquista dos 3 pontos (Cajuda tem, ao invés de ser submisso nas declarações, de espicaçar e bem os seus jogadores na segunda volta).

Fica também a lição, que espero que a direcção aprenda, de que não vale nunca a pena associar-se a um desses três clubes que apenas querem que o Vitória (ou qualquer outro clube) não possa realmente crescer. Quaisquer amizades serão apenas na óptica de obter favores, afrontar outros grandes ou criar uma dependência que depois será usada sempre em favor do clube dito "grande" quando o "pequeno" tiver a ousadia de não dizer amen aos seus interesses. E isto é válido também para o incompreensível protocolo com o Benfica, que ainda no final da época passada tanto nos atacou. Sozinhos, mas com dignidade, com honra. Sem jogadores emprestados que podem até ser mais valias a curto prazo mas que a longo prazo apenas criam dependências e cortam todo o potencial para crescer ao ponto de afrontar desportivamente esses mesmos clubes.