No seguimento do post anterior, venho aqui dar um pouco da minha visão do exterior do estádio. Antes de entrar, quis dar uma volta para "sentir o ambiente" e não me arrependi. A moldura humana era extraordinária e as fotos não transmitem nem um pouco do que era sentir aquilo ao vivo. E nesta altura o estádio já estava muito, mas muito bem composto do lado de dentro, nas bancadas! Aqui ficam então 3 fotos minhas:




Para além das fotos que já publiquei aqui em vários posts, outros blogues e sites publicaram conteúdo que vale a pena ver. Desde a AVS, passando pelo Vimaranes ou pelo Pontapé na Lógica. Aliás, este último blog, transcreve um texto de Paulo Horta (jornal "A Bola") que vale a pena ler. Tem como título "Vitória de um Povo":

"Corações vitorianos amarrados por um imenso cordão humano, o povo a encher as ruas e a obrigar, vejam só, a equipa vimaranense a apresentar-se no estádio menos de uma hora antes do começo do jogo. O delírio foi tanto que até os dragões foram recebidos com aplausos!

O Vitória saiu à rua num dia assim, de loucura absoluta e justificada por uma época que, independentemente das contas finais deste campeonato, já entrou na história do emblema minhoto como um dos anos mais sensacionais da vida do clube. A ilusão de acabar a Liga como vice-campeão e o consequente acesso directo à Champions dão força de bomba atómica a uma paixão ímpar, e de uma família habituada a seguir o menino querido em qualquer circunstância, dizer-se que apoia a equipa de Manuel Cajuda é redutor.

Nenhum outro clube à dimensão dos vimaranenses se orgulha de tamanho poder mobilizador: milhares de adeptos nas ruas, bancadas ainda desertas já para lá das 17 horas, quem ia ou podia assistir ao jogo só entrou no estádio após a chegada do autocarro vitoriano ao D. Afonso Henriques. Foi apoteótica a recepção à equipa, o que se viu ontem em Guimarães precipitou a comparação com as festas dos grandes do futebol português e houve quem lembrasse a corrente de fé que embalou a Selecção Nacional no Euro-2004. Realmente, Guimarães envolveu o Vitória com a pujança de um povo que defende a sua nação.

Quando o autocarro vitoriano entrou no estádio, já o FC Porto estava no balneário. Os dragões chegaram um pouco mais cedo, escoltados pela polícia, mas com dificuldade para furar a multidão vimaranense, que, em delírio, aplaudiu o adversário. E os cerca de 30 minutos que a equipa minhota levou a percorrer os últimos 100/150 metros de caminho até ao estádio, revelam bem a dimensão da onda que se levantou em Guimarães para elevar este Vitória à estratosfera dos sonhos mais bonitos."