Será que alguém consegue explicar a nossa política de reforços? Como o Paixão Vitoriana tem estado algo parado, aqui fica um resumo do muito que se tem passado.
Primeiro teríamos
5 reforços até ao dia 25 de Dezembro, sendo dois centrais, um médio ofensivo, um extremo e um ponta-de-lança (dois destes nomes para colmatar as lesões de Sereno e Douglas). Chegamos ao dia 25 e nada...
Pouco depois "cai do céu" a contratação de
Custódio. Não sendo uma prioridade, penso que a direcção esteve bem em aproveitar para ir buscar um jogador formado nas nossas escolas e que pode ajudar a transmitir o que o é o Vitória. Custódio assinou por três ano e meio, o que me parece acertado. No entanto, esta contração em nada contribui para as lacunas que Cajuda identificou, quando falou na necessidade dos 5 reforços.
Surge após isto o "caso"
Lazzaretti. Quando tudo parecia estar encaminhado para o empréstimo deste central brasileiro, quando até o presidente e treinadores da sua equipa o tinham como "certo" e depois de acertados os pormenores do empréstimo, o Vitória recua porque afinal já não tinha poderio financeiro para assegurar a carga salarial inerente. O que se passou realmente para darmos o dito por não dito e recuarmos nesta contratação?
Recuemos novamente um pouco e pensemos no que tinha sido dito sobre o número de reforços. Depois da Vitória por 4-2 em Vila do Conde, o nosso presidente vem dizer que afinal já só precisamos de mais 2 reforços (ponta-de-lança e defesa), com a conivência de Cajuda (que está mal ao alinhar com a direcção - assim fica cúmplice co-responsável).
O Vitória perde com o Benfica e no seguimento chega finalmente a bom porto a "novela"
Santana. O Vitória adquire 50% dos direitos desportivos por um valor não divulgado mas que não deverá andar longe dos falados 400 a 600 mil euros. Santana tem um bom cartão de visita (melhor marcador do campeonato angolano) mas o que é facto é que ainda não chegou. Aguardemos para saber em que forma física chega (o seu anterior campeonato está parado) e exactamente em que condições contratuais vem.
Novo mau resultado em casa com o Estrela e de repente, duma assentada, duas mexidas no plantel.
Mohma sai para a Turquia (fala-se em 350 mil euros) e entra
Cícero. Sobre Mohma, não entendo como com uma defesa claramente fragilizada se deixa sair um titular de quase todos os últimos jogos. Com a agravante de não termos neste momento alternativa de raíz para a posição, para além do Luciano Amaral. Sobre Cícero, é ainda um jovem, com potencial mas ainda muito a provar. E sendo tão jovem, não entendo o falado ano e meio de contrato (sem confirmação oficial). Assim não teremos a mínima hipótese de o rentabilizar, caso venha a provar-se que pode ser uma mais-valia. Já para não dizer que não se entende o porquê de se contratar outro ponta-de-lança (embora acredite que as características de Cícero lhe permitirão jogar também mais encostado à linha). Será que isso quer dizer que o recente "problema de saúde de um familiar" de Jean Coral significará também a sua saída?
Concluíndo, a nossa aparente ausência de política de reforços vem no seguimento do mau planeamento do plantel do início da época e não me supreende, infelizmente. Continuamos sem alternativas no centro da defesa, com pouca creatividade no meio-campo e sem grande velocidade nas alas. E agora ainda temos de acrescentar que nos falta outro lateral-esquerdo.
Quo vadis, direcção do Vitória? Alguém me explique, porque eu não entendo...
1 remate(s):
Caro Pedro, estou desgastado com toda esta situação do vitoria... isto só vai ao sitio quando arrumar-mos com esta gente de dentro do vitória! O Epílogo é mesmo as declarações do cajuda hoje depois do jogo com o beleneses... isto não pode continuar,
Assembleia geral JÁ
João Nuno Pacheco