Vou iniciar um novo ciclo de análise, desta vez ao nosso próximo adversário europeu, o Portsmouth. E vou começar por analisar o plantel, avaliado em mais de 100 milhões de euros (
estimativa dos valores), fruto do investimento de um magnata russo,
Alexandre Gaydamak, um pouco à semelhança do que acontece no Chelsea.
Guarda-redes: David James dispensa apresentações. Com mais de 200 jogos pelo Liverpool e 40 pela selecção inglesa, é um guarda-redes capaz do melhor e do pior. Tanto pode dar um "frango" de todo o tamanho, como pode ser um herói defendendo tudo o que há para defender. É o titular indiscutível da baliza do Portsmouth e
Ashdown ou
Begovic apenas jogarão em caso de exclusão ou lesão de D. James.
Defesa: Está recheada de internacionais com muita experiência. No centro da defesa sobressai o capitão
Sol Campbell, com mais de 400 jogos na Premier League e mais de 70 internacionalizações (foi mesmo o único inglês a representar a selecção em 6 grandes torneios consecutivos). A acompanhá-lo como opções mais fortes para defesas central temos três franceses:
Distin (vice-capitão, e ex-estrela do Manchester City), o forte
Kaboul (1.90m, ex-Tottenham) e
Pamaro (ex-Tottenham). E ainda sobra o islandês
Hermann, estrela da sua selecção. Para o lado direito, duas opções fortíssimas: o internacional inglês
Glen Johnson (ex-Chelsea) e o internacional camaronês
Lauren (ex-Arsenal). Do lado esquerdo o posto de titular está entregue a
Traoré (ex-Arsenal). É portanto uma defesa riquíssima em opções e em valor teórico. Só estes jogadores valem várias vezes o valor de todo o plantel vitoriano. Mas felizmente, o dinheiro ainda não joga (excepto em Basileia...) e a superioridade terá de ser provada em campo.
Meio-Campo: A zona mais forte da equipa inglesa no ano passado (o que motivou a saída de Pedro Mendes) está este ano algo ressentida com a lesão da super-estrela croata
Kranjčar. Uma boa notícia para as hostes vitorianos, uma vez que era ele quem organizava o jogo (parece certo que não tem hipóteses de recuperação para jogar contra nós). Mas existem outras opções. Desde logo destaque para o internacional francês
Diarra (ex-Chelsea) e para o internacional Senegalês
Diop (ex-Fulham). Mas outras opções muito válidas, como os ingleses
Glen Little (estrela no Reading) e
Sean Davis (da escola do Fulham) garantem qualidade ao miolo do terreno. Seja como for, com Kranjcar lesionado, este ficou a ser o sector mais frágil do Portsmouth e segundo a imprensa eles procuram intensamente um reforço para esta zona do terreno - fala-se no brasileiro
Thiago Motta).
Ataque: Opções em abundância! O reforço
Peter Crouch, o conhecido "gigante" inglês, só ele, custou mais de 10 milhões de euros. É um regresso, já que Crouch tinha impressionado e marcado 18 golos no Portsmouth em 01/02. Salienta-se depois os nomes do internacional nigeriano
Kanu, que dispensa apresentações. Apesar da idade (32 anos) a sua qualidade técnica ainda pode fazer muitos estragos. Temos ainda muitos outros grandes nomes como os internacionais ingleses
Jermain Defoe (ex-Tottenham) e
David Nugent, a estrela nigeriana
Utaka e a esperança israelita
Ben Sahar (emprestado pelo Chelsea). Um leque de escolhas de luxo, fantástico quer em qualidade, quer em profundidade.
Por tudo isto podemos ver que na teoria, o Portsmouth é claramente favorito. Mas o Vitória tem também os seus argumentos e certamente terá uma palavra a dizer. Eu acredito e tenho um
feeling que nos poderemos sair bem desta eliminatória!
3 remate(s):
Oh meu caro Pedro,
O que tu tens não é um "feeling"...
...é mais uma "hope".
Mas eu estou contigo.
Eu também estou cheio de esperança
num bom resultado.
É assim! Temos de acreditar!
Eu quero acreditar sempre!
Por isso gostei tanto das últimas declarações
de Manuel Cajuda...
É curioso que vi o jogo com o Chelsea e a equipa pareceu-me inconsequente, sem conseguir ligar uma jogada, sem organizar o ataque.
(claro que o Chelsea não é uma equipa qualquer...)
O Crouch, tão caro que foi, não está a ser efectivo.
(Ontem lá marcou um golo, mas foi só empurrar)
O principal problema para o Vitória, não é o Portsmouth, mas sim a tremideira própria. Se não vencermos os nervos, não haverá hipótese.
Penso que a UEFA, bem como a FIFA (mas sobretudo a primeira) gozam de uma imagem imaculada e incontestada de seriedade e rectidão de posturas e procedimentos. Mesmo que saibamos que isso não corresponde exactamente à verdade, essa é a imagem pública, e é aquilo que mais lhes custaria ver beliscado.
É por aqui que penso que devemos entrar. Receber o Portsmouth com uma manifestação tão evidente e vexante para a UEFA, que possa ser difundida pelas televisões (sobretudo pela inglesa que vem cá filmar o jogo)
A minha ideia era a seguinte:
Bancada Topo Sul
Devia ter um enorme pano a toda a largura da bancada com o símbolo da Liga dos Campeões mas com a expressão "UEFA Corruption League", em vez da expressão "UEFA Champions League" tal como aparece na página de abertura do site do VitoriaSempre. Pegar nessa imagem e dar-lhe essa projecção, creio que seria uma aposta correcta.
Bancada Nascente (em frente das câmaras)
deveriam estar duas tiras gigantes, a toda a largura da bancada, a primeira com os seguintes dizeres:
«UEFA LET US PLAY»
Com outra em baixo dizendo:
«LET US ACHIEVE WHAT WE DESERVE BY OURSELVES.
WE ONLY WANTED TO TRY... FAIRLY»
Claro que não nos devolve a Champions, mas…
Que os vamos chatear, vamos.
Que vamos fazê-los pensar duas vezes antes de nos quererem enr#$” outra vez, vamos.
Que vamos ajudar a passar uma péssima imagem da UEFA, e logo perante o público inglês (via televisão), vamos.
Que vamos fazer a vida daquele trio de arbitragem mais difícil, também me parece que vamos.
Que vamos desabafar (ainda por cima com projecção internacional), também vamos e vai saber bem!
Se concordarem penso que era de difundir para que isto se possa tornar uma realidade.
http://d-afonsohenriques.blogspot.com/2008/08/sugesto-para-o-prximo-jogo-europeu.html#comments