Paixão Vitoriana
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Pior era (quase) impossível

Colocado por WhiteShadow a 24 de setembro de 2008

Em dia de aniversário, o Vitória resolveu oferecer as prendas todas... ao adversário. Foi um jogo onde quase tudo correu mal e o resultado final (derrota e os dois centrais ausentes por dois jogos) dificilmente podia ser pior...

Tudo começou com uma equipa algo "estranha" no 11 inicial. Cajuda apostou surpreendentemente em Sereno, que vinha de uma lesão prolongada, aposta que se viria a revelar errada (claro que é fácil dizer isso no final). Mas pior do que isso, na minha opinião antes do jogo, foi ter apostado num meio-campo com Flávio, Wênio e João Alves. Dois médios defensivos num jogo em casa? Já não tinha gostado disso em Portsmouth e muito menos em casa. Wênio é um jogador que só rende se estiver sozinho a trinco e Flávio também. Quanto a mim, colocá-los juntos é fazer o rendimento de ambos baixarem. Além de tudo isto, o Vitória começava o jogo quase sem flanqueadores, com um Fajardo teimosamente em má forma e um Desmarets que tenta mas anda longe do fulgor do ano passado.

Apesar de tudo, o Vitória não entrou completamente mal. De alguma forma dominavamos mas sem criar muito perigo. O Nacional foi então conseguindo equilibrar e aos 28', sem o merecer, aproveita um falhança inacreditável de Sereno para marcar o primeiro, com uma eficácia tremenda (e foi Nené, o reforço brasileiro que nos tinha marcado três golos num jogo amigável com o Cruzeiro).

A partir daí o Vitória sentiu e muito o efeito do golo. Aos 31' Edson leva (finalmente) amarelo. Aos 34' João Alves faz um excelente remate de fora da área e no minuto a seguir é (incompreensivelmente) substituido por Douglas. Cajuda já tentou justificar a substituição a mim não me convenceu. Perdemos a pouca criatividade e poder de fogo que tinhamos no meio-campo e demasiado cedo partimos a equipa em 2, numa aposta no "chuveirinho". Aos 37' Edson deveria ter visto o segundo amarelo e consequente vermelho. Aos 40' sucedem-se duas jogadas de grande perigo, com um primeiro excelente remate de longe de Desmarets, com boa defesa, e depois a recarga muito perigosa de Douglas. Aos 44' Manuel Machado pressente o perigo e retira o amarelado Edson fazendo entrar um terceiro central. E foi o nosso "canto do cisne"...

Na segunda parte quase nada correu bem. O Vitória não conseguia criar perigo e Jean Coral entra aos 58' para (mais uma vez) não produzir nada de muito relevante. Aos 60' ele próprio está envolvido numa perda de bola em zona proibida que dá origem a um penalti (justo) cometido por Gregory. Paradinha e golo de Alonso e vida muito dificil para o Vitória, a perder 2-0 em casa.

Segue-se um período em que literalmente perdemos a cabeça. Primeiro Sereno aos 65' reage mal a uma falta e termina expulso. Algo forçado, mas tenho de aceitar. Um regresso à equipa para esquecer. Depois aos 70' completa-se o filme de terror. Gregory sofre falta e ao tentar libertar-se da marcação Jorge Sousa considera que houve (??) agressão. No estádio fiquei com a ideia que teriam sido bocas, mas parece que afinal foi por suposta agressão. No mínimo estranho e exagerado este vermelho dado por um árbitro que achou que a entrada assassina sobre Carlitos no ano passado nem cartão merecia.

A partir daqui, a jogar com 9, foi simplesmente ver passar o tempo sem sofrer golos de um Nacional que se não tivesse sido perdulário ainda poderia ter aumentado a contagem. Um jogo, resultado e respectivas consequências para esquecer... Ou será para lembrar?

2 remate(s):

José Rialto disse...

Claramente lembrar,
para não repetir!...

Anônimo disse...

Triste jogo, em que tudo correu mal.
Mas não me canso de dizer que as expulsões foram incompreensíveis.
O que é que o árbitro quis provar?