Como era mais do que
justo, os recursos do Belenenses foram
recusados e o Vitória vai jogar a meia-final da Taça da Liga, lugar que conquistou por direito próprio dentro do relvado.
No entanto fiquei triste. E porquê, perguntarão alguns? Triste porque o principal argumento
invocado foi o de um erro processual dos próprios recursos. Foram erradamente dirigidos contra a directora-executiva quando ela "nem sequer foi tida nem achada como autora dos actos impugnados". Ou seja, os recursos nem sequer foram realmente analisados.
É verdade que o presidente do Conselho de Justiça aproveitou para acrescentar que mesmo que os recursos tivessem sido feitos de forma correcta, quem teria razão seria o Vitória (a
tese que eu próprio veiculava). Mas assim ficou apenas quase como opinião falada superficialmente de um jurista. Não ficou juridicamente provado e não foram escritas as razões que legitimamente davam o direito a participar na meia-final.
Não faltam agora "virgens ofendidas" com o CJ, aproveitando para atacar de todos os lados esta posição de garantir que efectivamente o Vitória era o melhor 2º, pois da sua altivez e intelectualidade continuam a usar os mesmos argumentos falaciosos que poderiam (facilmente) ser rebatidos. E isso deixa-me triste. Pois esses mesmos intervenientes passam uma ideia falsa para a opinião pública e pode ficar a ideia errada de que o Vitória passou na secretaria quando o que aconteceu foi exactamente o inverso, quem o queria fazer era o Belenenses. E até supostos especialistas falam na SIC Notícias de como o segundo critério era a diferença de golos e por isso o primeiro critério nunca poderia ser o mesmo (!!). Não faltam comentadores a chamar de absurda a decisão, ignorando que foi obtida por unanimidade de um painel de juristas e fazendo prevalecer a sua mera opinião pessoal. Os mesmíssimos comentadores que se vissem a decisão pender para o seu lado a usariam como "prova" da sua razão.
Não vou perder mais tempo a tentar invocar a razão do Vitória. Para mim, de consciência, ela está provada e o essencial, em termos de justiça, era que o Vitória estivesse nas meias-finais. E tem o seu quê de ironia, uma espécia de
justiça divina, o facto de o Belenenses ter visto o recurso indeferido por causa de um erro processual. "Quem com ferros (quer) mata(r), com ferros morre".
Uma nota final para aplaudir a atitude do Vitória em colocar à disposição dois autocarros a 5€ a viagem (mais 5€ o bilhete) para o jogo da Luz. Resta esperar para saber como a equipa se vai comportar em campo, sabendo que ambas as equipas convocaram os seus principais jogadores, ao contrário do que acontece no outro encontro das meias-finais. E que bem que iria saber uma eventual passagem à final depois de tudo o que se fez para nos impedir de poder simplesmente tentar...
3 remate(s):
Pedro, é extraordinário como grande parte das pessoas que opinaram a este respeito, nem se deram ao trabalho de (tentar) compreender os argumentos a favor do Vitória.
Não sei bem se é egocentrismo, estupidez, ou clubite, mas inteligência não é de certeza.
Carlos
Eu sei que estamos em época de vacas magras mas a direcção do VSC poderia, em vez de duas, pôr um maior número de camionetas à disposição dos sócios.
Força Vitória a caminho da final.
P.s. -Parabéns pelo blog dos melhores, entre muitos, da blogosfera vitoriana.
É já no próximo sábado - dia 14 de Fevereiro às 15 horas - o segundo Think Pong no São Mamede. A iniciativa desta vez tem por tema "Educação - Escola de Oportunidades". Os convidados serão Vítor Leite, presidente do Conselho Executiva da Escola Secundária Martins Sarmento e José Augusto Araújo, presidente do Conselho Executivo da Escola das Taipas. A entrada é livre a aberta a todos os interessados.