O comentador Luís Freitas Lobo é um dos mais equilibrados no actual panorama português. Apesar da sua simpatia pelo Braga, tenta sempre analisar o todo, e escreve (e fala) de uma maneira bastante agradável. Tenho por hábito consultar o seu site Planeta do Futebol para ficar a par do que acha das tácticas de várias equipas ou dos novos talentos emergentes no futebol mundial.

Desta vez resolveu falar do Vitória. Entre tentativas de desmontagem do nosso esquema táctico e elogios a jogadores como Geromel (do qual ele é confesso admirador), Fajardo, Desmarets ou Ghilas, constrói um artigo interessante que vale a pena ler. Devo dizer que apesar de também consultar o seu site, a primeira referência ao artigo que vi foi do blog O Vimaranes, que acho que devo referenciar por isso.

Leiam então o artigo "A profecia de Cajudix" carregando aqui. Aqui ficam alguns extractos para aguçar o apetite.

"Existe um verdadeiro “quarto grande” no futebol português? Visita à “aldeia irredutível” de Guimarães. Táctica e mente. O 4x2x3x1 e a confiança em jogar. Só depois é que a bola vai parar aos pés."

"Guimarães. A cidade “irredutível”, um território particular na floresta do futebol português. Pelo Estádio, sempre com muita gente, pelo entusiasmo nas vitórias, pela revolta nas derrotas, pelo cordão humano, pelo que se vê e sente-se. Por vezes, os seus adeptos abraçam o seu clube com tanta força que o acabam por sufocar."

"No caso dos defesas-centrais, o toque de distinção é feito pelo sentido posicional (ler bem a linha de passe e interceptá-la) pelo poder de antecipação (dominando o "timing" certo para surgir no corte) e pela classe com a bola nos pés. Não é fácil reunir, com agressividade controlada, estes traços em apenas um jogador. Por isso, quando se vê um desses exemplares, respira-se fundo. É como 'ar puro' dentro de um relvado. No nosso campeonato, há um jogador que me inspira essa sensação. Chama-se Geromel e joga no Guimarães."